O Senhor Jesus ia entrar em luta terrível com todos os poderes das trevas e enfrentar toda a brutalidade do homem. Apesar de tudo, lemos que “Na noite em que foi traído, deu graças” (1 Co 11:23-25).
Noite de grande dor e agonia, de suor e de sangue. A noite em que foi traído, negado e abandonado por seus discípulos. Nessa mesma noite, o coração amoroso de Jesus pensou na Sua Igreja e instituiu a ordenação da Ceia: Determinou que o pão fosse memorial de um corpo ferido pelo pecado e o vinho, memorial de uma alma derramada pelo pecado.
A Ceia é pois, simplesmente, uma Festa de Ação de Graças pela graça recebida, por ter Ele "nos libertado do Império das trevas e nos transportado para o reino do Filho do seu amor" (Cl 1:13).
É verdade que cada coração tem a sua própria história, dores íntimas, sofrimentos, provações e tentações, mas estas coisas não formam o alvo a ser considerado na Ceia, senão estaríamos desonrando o Senhor participando com a alma curvada pelo peso insuportável do pecado; porque a honra e a pureza da Mesa do Senhor é mantida apropriadamente, sempre que o SANGUE DE CRISTO se torna o único direito de aproximação.
Não nos reunimos ao redor de uma vida em sacrifício, mas em redor do CRISTO VIVO, cujo SANGUE DA NOVA ALIANÇA removeu para sempre o fardo do pecado; e é o ÚNICO MEIO pelo qual “podemos entrar com intrepidez na Presença do Senhor, tendo o coração purificado de má consciência, pela justiça que vem pela fé, no seu Filho" (Hb 10:19-22; Rm 10:14).
O Senhor convida-nos para a Festa e nos ordena que, apesar de todas as nossas deficiências, caminhemos “desembaraçando-nos de todo o peso do pecado que tenazmente nos assedia, olhando para o Autor e Consumador da nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz” (Hb 12:2).
A Alegria que inundava o coração de Jesus era profunda demais para ser perturbado pelas circunstâncias. Ele exultou em espírito e deu graças no partir do pão. Não devemos nós regozijarmo-nos também? Nós que desfrutamos dos benefícios benditos de sua morte na Cruz e Ressurreição, justificados por fé e herdeiros segundo a Promessa?
Certamente que sim, pois na “Presença do Senhor há plenitude de Alegria no Espírito Santo” (Sl 16:11; Rm 14:17) e “A alegria do Senhor é a nossa força” (Ne 8:10).
Participemos queridos irmãos, da Ceia do Senhor, deste Memorial Solene de Ação de Graças, por tão grande Salvação (Hb 2:3) e honremos a Deus com regozijo e reverente júbilo de coração. Amém e Amém!
(Texto do escritor C.H.Mackintosh e adaptado livremente pelo Pr. Elmo A. Santos).
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